"Coitado, sabe Deus o que ele passa. Está morto por se ver livre disto. A gente vai fazer uma festa, cá na família, quando ele se vir livre disto."
Coelho, António P. (Maio 2013)
As palavras do pai do nosso primeiro-ministro encheram os jornais na última semana. Curiosamente, a elas veio aliada a sensação de esperança do "já falta pouco", como se de uma pequena aldeia se tratasse e esperassemos os festejos em honra do santo padroeiro.
Passos chegou ao Governo com a promessa de mudança, com a vontade de mudar o rumo descendente do país, não sendo consensual a sua eleição mas sendo visto como uma alternativa claramente melhor ao seu antecessor.
Num Governo de coligação marcado por ligeira apatia popular e oposição praticamente inexistente (disse anteriormente e volto a repetir: Seguro "é o espelho da falta de alternativas e de soluções"), as constantes medidas de austeriade foram sendo aceites como um "mal necessário" para a situação em que "o outro" colocou o país. No entanto, tal cenário inverteu-se nos últimos meses.
O senhor António, como reformado que é e como parte integrante de um dos sectores sociais mais afectados por esta crise, tem a noção que a situação agravou, que os portugueses se encontram "de cinto na mão" e que o nível de contestação em muito ultrapassa o razoável. Sabe ainda que a equipa liderada (ou não) pelo seu rebento é tudo menos aceite pelo país e pela sua gente - gente essa que também faria uma festa se PPC abandonasse o posto.
Parece-me, no entanto, que o pai do nosso chefe de governo se esqueceu de algo preponderante: a figura do coitadinho não fica bem a ninguém. Soa como música de baile, música da qual "ninguém" verdadeiramente gosta mas que serve apenas de diversão momentânea.
Nesta "pimbalhada" que se tem revelado o programa de ajuda externa, Passos tem tentado a custo encontrar o seu melhor par e manter o ritmo correcto da dança. No entanto, com as recorrentes e cada vez mais exigentes medidas de austeridade a servirem como o seu suco ébrio, Pedro Passos Coelho evoluiu de galã para a figura típica de qualquer baile da zona beirã: o Sr. Mordomo que tresanda a álcool mas que pensa ainda ter as artes de cortejo que outrora possuira nos seus tempos áureos.
Coelho, António P. (Maio 2013)
As palavras do pai do nosso primeiro-ministro encheram os jornais na última semana. Curiosamente, a elas veio aliada a sensação de esperança do "já falta pouco", como se de uma pequena aldeia se tratasse e esperassemos os festejos em honra do santo padroeiro.
Passos chegou ao Governo com a promessa de mudança, com a vontade de mudar o rumo descendente do país, não sendo consensual a sua eleição mas sendo visto como uma alternativa claramente melhor ao seu antecessor.
Num Governo de coligação marcado por ligeira apatia popular e oposição praticamente inexistente (disse anteriormente e volto a repetir: Seguro "é o espelho da falta de alternativas e de soluções"), as constantes medidas de austeriade foram sendo aceites como um "mal necessário" para a situação em que "o outro" colocou o país. No entanto, tal cenário inverteu-se nos últimos meses.
O senhor António, como reformado que é e como parte integrante de um dos sectores sociais mais afectados por esta crise, tem a noção que a situação agravou, que os portugueses se encontram "de cinto na mão" e que o nível de contestação em muito ultrapassa o razoável. Sabe ainda que a equipa liderada (ou não) pelo seu rebento é tudo menos aceite pelo país e pela sua gente - gente essa que também faria uma festa se PPC abandonasse o posto.
Parece-me, no entanto, que o pai do nosso chefe de governo se esqueceu de algo preponderante: a figura do coitadinho não fica bem a ninguém. Soa como música de baile, música da qual "ninguém" verdadeiramente gosta mas que serve apenas de diversão momentânea.
Nesta "pimbalhada" que se tem revelado o programa de ajuda externa, Passos tem tentado a custo encontrar o seu melhor par e manter o ritmo correcto da dança. No entanto, com as recorrentes e cada vez mais exigentes medidas de austeridade a servirem como o seu suco ébrio, Pedro Passos Coelho evoluiu de galã para a figura típica de qualquer baile da zona beirã: o Sr. Mordomo que tresanda a álcool mas que pensa ainda ter as artes de cortejo que outrora possuira nos seus tempos áureos.
A verdade é que já ninguém quer fazer parte da sua dança, já ninguém quer ser cortejado... Apenas se aguarda a dança certa para roubar o estrelato. E aí sim, tudo mudará na "aldeia" neste baile de verão.
Ricardo Agostinho
2º ano, Ciência Política
2º ano, Ciência Política
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